Luísa Maita cantora brasileira Fio da Memória

Intensidade talvez seja a palavra que melhor descreva Fio da Memória.

Tão intenso quanto seu resultado final, foi o processo de criação e elaboração do álbum.

O disco começou a ser gravado em 2012, com uma estética marcadamente eletrônica e aos poucos foi incorporando uma musicalidade mais acústica, passeando por várias linguagens. A gestação foi prolongada e profundamente vivenciada, com ricas experimentações e o envolvimento de diversos músicos maravilhosos que foram fertilizando as intenções iniciais.

Todas as influências da compositora estão presentes no disco. Principalmente, a brasilidade muito urbana na qual vive. Os estilos vão do eletrônico ao tribal, passando pelo cancioneiro brasileiro, o jazz, dancehall.

Luísa se deleita com o resultado: “O que eu mais gosto é a intensidade dos arranjos, os contrastes. Às vezes uma música começa mais intimista e explode no final. Adoro a sonoridade. As guitarras fortes. E como o disco tem unidade sendo tão diverso e indo por diversos estilos”.

Luísa costuma dizer que seu segundo disco é absoluta-mente pessoal, subjetivo e feito com muita emoção. Mas o fato de ser subjetivo, não o torna impenetrável. É um disco sobre o amor, o anseio por liberdade, a luta e o renascer. Questões universais, não importa em que língua se fale.

Fio da Memória é um disco que, de tão pessoal e sensorial, tem a capacidade de se tornar um companheiro quase íntimo de qualquer pessoa que se disponha a deixar que seu som penetre pelos poros e não somente pelos ouvidos.

Transmitindo essa vibração sutil e quente. Que se expressa por vezes numa sensível e requintada poesia como no verso “Essa triste melodia que ainda alegra esse quintal”.

BIO

Como compositora Luísa Maita é uma cronista que participa da cidade, caminha pelas avenidas e vielas do centro e da periferia à procura de estalos poéticos e melódicos.

A intérprete Luísa usa a sensualidade de forma sutil como forma de transmitir sensações, como instrumento de comunicação, tendo encon-trado a medida certa para, em suas próprias palavras, “atingir o máximo de expressão com o mínimo de afetação”.

O lançamento do álbum Lero-Lero em 2010 foi um marco na sua carreira, tendo figurado nas principais listas de melhores discos do ano no Brasil. Nos EUA, alcançou o 1º lugar em vendas na Amazon e no iTunes, na categoria música latina e o 2º lugar na categoria world music na Amazon.

Duas faixas do álbum, Desencabulada e Lero-Lero fizeram parte da trilha do filme Boyhood indicado ao Oscar de melhor filme em 2015.

Durante sua primeira turnê pelos EUA e Canada, em 2010, foi chamada de “a Nova Voz do Brasil" pela rádio NPR.

Em 2011 foi premiada como Artista Revelação do Ano no renomado Prêmio da Música Brasileira e apresentou-se em importantes festivais de verão na Europa e em 26 cidades americanas.

No ano seguinte, se apresentou novamente nos EUA, inclusive na conferência anual do Google Zeitgeist. Participou da coletânea Tribute to Caetano Veloso, álbum em homenagem aos 70 anos do artista e teve ainda gravada por Maria Gadú a música Axé Acapella, composta em parceria com Dani Black.

Em 2013, fez shows no Brasil e participou de projetos coletivos como Na Mira da Música Brasileira, ao lado de artistas como Lucas Santtana, Juliano Holanda, Jam da Silva e Juliana Perdigão e Homenagem a Amado Maita (seu pai, um inspirado músico e compositor precocemente falecido em 2005) ao lado de intérpretes como Ed Motta, BNegão e Tiganá Santana.

Em 2014, realizou nova turnê nos EUA, incluindo casas como o Lincoln Center em NY. No mesmo ano, participou, como solista convidada, de dois memoráveis concertos em comemoração aos 80 anos de João Donato no Rio e em São Paulo.

No ano passado, além de realizar shows pelo Brasil, dedicou-se principal-mente a compor novas canções e finalizar a gravação do seu segundo disco.